Esta é a estória do menino solitário
que não queria mais viver...
Na segunda foi limpar a espingarda
e num inesperado ato do destino
a bala atingiu o peito do menino
em desparada.
Na terça foi ser mestre cuca,
cortou legumes ao lado do fogão.
E por acidente a lâmina do facão
enterrou-se por inteiro em sua nuca.
Na quarta foi passear de trem,
andou nos trilhos da estação.
Por coincidência, veio um vagão
e atropelou seu ser ninguém.
Na quinta foi pro banheiro
de braços dados com a navalha.
E por obra do acaso, numa falha
manchou de sangue seu corpo inteiro.
Na sexta foi a uma festa
repleta de drogas e álcool.
Cherou, picou, bebeu e fumou
até que em choque, caiu batendo a testa.
No sábado foi pra montanha
ver a beleza do topo do mundo.
Mas atirou-se no abismo profundo
sentindo a brisa em suas entranhas.
No domingo, o menino solitário
quis viver e da morte esqueceu.
Foi para a cama com sorriso nos lábios
e morreu.
©Marc Fortuna (Lord Fortuna of Lancaster), 06/03/2002
que não queria mais viver...
Na segunda foi limpar a espingarda
e num inesperado ato do destino
a bala atingiu o peito do menino
em desparada.
Na terça foi ser mestre cuca,
cortou legumes ao lado do fogão.
E por acidente a lâmina do facão
enterrou-se por inteiro em sua nuca.
Na quarta foi passear de trem,
andou nos trilhos da estação.
Por coincidência, veio um vagão
e atropelou seu ser ninguém.
Na quinta foi pro banheiro
de braços dados com a navalha.
E por obra do acaso, numa falha
manchou de sangue seu corpo inteiro.
Na sexta foi a uma festa
repleta de drogas e álcool.
Cherou, picou, bebeu e fumou
até que em choque, caiu batendo a testa.
No sábado foi pra montanha
ver a beleza do topo do mundo.
Mas atirou-se no abismo profundo
sentindo a brisa em suas entranhas.
No domingo, o menino solitário
quis viver e da morte esqueceu.
Foi para a cama com sorriso nos lábios
e morreu.
©Marc Fortuna (Lord Fortuna of Lancaster), 06/03/2002
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